sexta-feira, 6 de março de 2009


CRISTAL E DIAMANTE

Às vezes uma imagem esconde vícios, de luz e sombras, de poses e posturas e artifícios outros e tantos que nem devo enumerar. Conheço todos. Comecei com um e depois outros e depois, quando menos pensamos, sabemos de todos; pensamos que sabemos. De tudo.
Mas tudo é um absoluto tão integral que nem o papo do gilberto gil sustém. Nem assim nem, nem. Nós que não somos mais nenéns sabemos que brincar com um ídolo como gil faz bem, sabemos também que brincar com fogo é querer queimadura e certas coisas escondem outras como a concha contém em si além da água e da areia também os ruídos do mar.
Às vezes uma imagem revela alegrias, de clarões e relâmpagos, de flexes e instantâneos, que não há velocidades de bólidos ou flechas que possam realmente nos esclarecer ou escurecer o que é que há realmente naquela imagem, que na verdade - [a verdade é que ela não existe] - quer se revelar. Ou se ocultar da luz. Ou se ascender do breu.
Mas a clarividência e a escurividência são coisas tão parceiras que eu nem sei mais porque eu estou falando sobre isso.
Deve ser o efeito do seu olho faceiro agindo com um seu específico jeito sobre mim.
Deve ser porque você me deu esta foto e não deu um completo retrato pra mim, seu.
Pode ser, é claro!
Pode ser, é escuro!
É certo e errado o que eu estou te dizendo pois vem de toda dúvida a certeza de que o amor não é um princípio nem um fim.
E muito menos um meio.
O amor é abstrato demais para você, para o gilberto gil e muito mais para mim também.
“mistério sempre há de pintar por aí’.
Às vezes uma imagem é tão crua que a gente quer curá-la.
Mas isso não basta.
Nada é bastante que valha distingüir entre diamante ou cristal.
O que vale é a luz.

Beijos e abraços, depois a gente se fala mais.


marco/06.03.2009.

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