sábado, 28 de fevereiro de 2009


DE MONTROS, AMOR E OUTRAS COISAS TRIVIAIS.

Olha, como eu tenho te falado: nada é monstro, nada é fada. Dá pra entender?
Nada é mestre, nada é fado. Ainda não dá pra entender?
Você não é Pinóquio, nem Peter Pan, nem Sininho. Você pode dizer, como o Tim Maia:
‘Eu não bebo nem fumo nem drogo nem faço ousadia. Só minto um pouquinho.’
Olha, isso é mesmo assim do homem, quero dizer, do ser humano, racional, o mais mesquinho e miserável dos animais do planeta.
[e nada é gigante, nada é pigmeu. e tudo é monstruoso e perverso e apolíneo e angélico. não, não é nada disso. nada do que eu disse, nada do que achas, tudo que perdemos, quiçá, nesses devaneios de palavras]
Só não vale é dizer que você, que eu, não somos uns deles. Somos sim. Da mesma raça humana que abarca legendas como Leonardo da Vinci, Einstein, Hitler, Alexandre o grande, Mussolini, John Lennon, Mazzaropi, Oscar Niemeyer, Idi Amim Dadá, e outros Osamas, Obamas e Lulas. Somos todos da mesma raça animal racional humana. E acho que é bom a gente nunca se esquecer disso, principalmente quando falamos dos outros, do próximo, ou mesmo daquele que está longe.
Pois é! Não fique em prisão domiciliar mas também não fique na rua como perdido. Se você tem casa, quero dizer, paradeiro; se você tem lugar, descanso do guerreiro; se você tem chão, teto e paredes. Então nem pense em amor: isso é luxo! - [depois a gente fala nisso] – porque amor não é pra quem quer, é pra quem pode. Pra quem pode se dar ao luxo de, além de tudo, querer ter sentimento – e verdadeiro . É complicado à bessa! A gente fala depois sobre isso que é uma messa!
Olha, me olha mas não me diz que eu hoje já falei demais. Me clama que, no máximo,eu sou costumaz.
Me olha olhonolho e recita que eu ainda sou um bom rapaz.



marco/26.02.2009.
quinta-feira de cinzas.

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