segunda-feira, 26 de outubro de 2009

PRAZERES

quero te dizer milhões de vezes: não faça cerimônia, lamba os beiços ou dê de ombros, faça as unhas em minha sala: tenho também éter e amônia, além da usual acetona, tenho divãs e soumiers, sofás, namoradeiras e banquinhos de pau. venha sempre, a pausa pode ser breve ou o vôo longo, a gente pode usar o tapete ou um ultraleve, para flainar pelo espaço que a todos pertence. mas também não há nada que impeça de treparmos no muro, no claro ou no escuro, a cor melhor será aquela que nos apetece.
quero te dizer que sempre te desejo: bons votos, boas vindas e retornos, novas sílabas e frases feitas para cada oportunidade: mãe de cada porto. te desejo sempre e muito: boas falas e destinos, fadas árabes, gnomos palestinos, ou tudo ao contrário se contudo não nos desfizermos de nossos instintos. tudo ao mesmo tempo se nós não demolirmos nossos nobres recintos, aonde recebemos um ao outro com tatos e toques recíprocos. um desejo é sempre um beijo em um rastro de uma estrela cadente. mas eu te desejo: vinhos finos e água ardente, o meu uivo e o seu sibilar de serpente, entre muitos nós somos uns que se compreendem, uns tantos que temem o dilúvio, uns poucos que amam as enchentes.
quero te ter mais uns zilhões de vezes.

marco/26.10.2009.

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