segunda-feira, 2 de novembro de 2009


















NÃO É NÃO, NÃO É SIM.

não é que eu não queira, nunca mais, falar contigo de amor. não é que eu não te ame mais, sempre mais, nem que esta maldita palavra [amor] eu ponha num quadro e desenhe em negrito e sublinhe: proscrita!não é nada assim de sentimento, do teu sabor, odor, ou algo que você disse algum dia e que causou tormento, não é nada da lembrança e nem para o esquecimento. não que eu me ponha acima ou abaixo assinado em qualquer documento que seja a seu respeito, muito pelo contrário: respeito é bom e eu gosto: gostosa é a comadre dos outros, a minha é doce donzela.
não é nada demais nem de menos: só não te quero mais, já não agüento mais, eu não suporto mais você. por dentro de meus pensamentos. não é nada, não é nada... já joguei cal, pedra de brita e cascalho, duas massas de cimento; baralho virgem na encruza, dados, palitos e tabuleiros; arruda eu pus de galho, açúcar, sal , salsa e coentro; ambrosia e bom bocado, cocada preta e da branca, pó de anil e de fermento. mas você não deixou em paz a mim nem o meu dia a dia, não me deixou ficar só e nem em alguma companhia.
não é nada assim demais, não é que eu não queira mais ver em você a poesia.
é só que não sou mais capaz de acreditar na nossa imensa hipocrisia.

m/28.10.2009.

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