quinta-feira, 12 de março de 2009


DIA OITO DE MARÇO

Você disse que eu deixei passar em branco o Dia Internacional da Mulher. Veja bem: não deixei passar nada: nem em branca, negra, amarela, vermelha, ou quaisquer mil escalas de cinza ou de fogo. Você, eu sei, me disse só para me provocar. Então tá! Vai aqui mais texto só pra te vangloriar:

Olha bem: o que eu posso falar de mulher, de mulheres?
Que as amo, respeito, desde ter muito peito às suas legítimas atitudes.
O que eu posso querer invejar mais da mulher além de eu ser um limitado homem?
Não posso gerar, parir, gozar dessa coisa única.
Não queria ser mulher, não, não é esse o caso. Mas como as invejo.
E como as perdôo, e como as idolatro e esculacho, sempre que preciso for.
E como as aturo, desde jovem e hoje maduro,
como as desejo e espero que sejam tão e mais superpoderosas.
E como as faturo em minha mente, não somente como índices de contas de crédito ou débito mas
como as quero levar à fartura de prazeres sem remédios!

Agora falando sério, como se antes não sério seria: Mulher é o máximo do bicho homem, ou melhor, o últimíssimo extrato do ser bicho humano – já disse outro dia: mesquinho e miserável – e é assim que foi e é e será a mulher: embora do mesmo gênero; tem outro grau, noção, sensibilidade, acuidade e até adivinhação.
Porque homem nunca é mãe ou irmã ou tia ou sogra, cunhada, nora, namorada, noiva, mulher.
Se é que me entendem.
Ser homem é só ser uma pesada pedra precisando colo.
De quem?

marco/11.03.2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário