terça-feira, 23 de junho de 2009

ANATOMIA SEM AUTONOMIA

O amor é um músculo.
Às vezes se dói por esforço muito, às vezes se distende ou contrai, naturalmente. Outras vezes se atrofia perigosamente e é até preciso fisioterapia.
É claro que isso envolve nervos e tendões, tensões múltiplas. É possível até que envolva questões psiconeurológicas, um amor somatoneuromuscular.
O amor decide ser maiúsculo ou mínimo. Tudo dá-se às condições normais ou anormais de temperatura e pressão. Preciso esclarecer o que são as temperaturas e pressões do amor? De um amor? Pois é!
O amor é um rústico músculo. Pré histórico talvez. Mas em minha estória o amor é uma mácula que decalca todos os momentos e alucina a insônia com suas assombrações.
O amor me exercita e contamina: xarope, cicuta, chumbinho e vitamina.
Músculo e pústula.

marco/23.06.2009.

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