domingo, 30 de agosto de 2009

A DESCOBERTA DO SEMPRE

cansei de manhas, façanhas, mantras, mientras, mentiras, acuidades, meias verdades, calças completas, sanhas, cocacolas, fantas, meças tamanhas, sarros que não arranham a minha lusitânea e africânea e indígena necessidade simples, lógica, imensa, minha carência extrema de te adorar. de te amar perante todos os deuses: dias-semanas-meses-anos, além de todos os planos, sempre te amo.
cansei de besteiras e semi bandeiras em um mastro a meio pau. e de cerimônias, banheiros de bares cheirando a amônia, meninos bonitos querendo maconha, meninas lindinhas querendo carona para a overdose. tá tudo isso na rua, tá tudo isso nos jornais, na internet, em close nos vídeos do you tube, tá tudo isso mais do que normal.
mas o diferencial não é aquela peça do automóvel que, quebrada, não deixa ninguém dirigir. mas o extraordinário é que um ídolo que não se deixa adorar não deixa um fiel ser feliz. e se eu te adoro e você, minha santa, nem liga assim, você nem mesmo vai saber o milagre que perpetrou em mim.
cansei de falsas miragens mas sei que em muitos desertos ainda existem oásis. eu cansei de prantos e tangos e de viver molambo, rolando com as pedras por aí. eu cansei. I can say: my life is in your hands. ah tuas mãos, onde estão, onde está o seu carinho, onde está você?
cansei de melodramas baratos. quero o que me é mais caro. quero um ser novo você. quero ser novo em você. quero um novo você.
e eu.

marco/30.08.2009.

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