sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PARCERIA


“quando bater no coração,
sem confusão, atende!
vamos poder dizer que de amor
a gente entende.
vamos cair em cima dessa hora
agora, já:
como o pôr do sol
caindo em cima lá do mar,
como uma nuvem cai
em cima lá do Redentor:
cai de carinho
no meu amor”

Arnaldo Lazuli



coisa tão natural e das mais pervesas. na vida, que é sinuosa, surge como uma reta e certeira flecha, meta inescrupulosa. coisa fatídica, rude e rústica, não dá resposta, a outra face, não dá saída. mítica e sem pudor, coisa única.
é claro que não é o amor, não.
não: é o próprio não, fim de estação: é a morte. a pura e simples morte.
então é assim: hoje estou de não, de luto, hoje estou de morte.
xingo, brigo, luto,
com você, meu amigo, que sempre disse sim,
neste seu último momento em que eu exclamo: não!, mas que me dás de sobrepeso ou alento, sei lá, só este mesmo imenso não.

“eu vou rasgar meu coração
pra costurar o teu
vou te cantar esta canção:
o meu irmão morreu.”
(edu lobo/chico buarque)

marco/21.08.2009.

Um comentário:

  1. Essa canção ele fez quando estavamos nós dois no Beer, num fim de tarde, numa das nossas conversas infindáveis!
    Que ele esteja em paz!
    bjo procê

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