sábado, 26 de setembro de 2009

COMO EU TE DISSE ANTES...

quer me dar um conselho? entre entre meus artelhos, injeção que engesse meus pés e mãos, me deixe suspirar de alívio quando a dor decresce, me livre de todo mal quando todos de tudo se compadecem.
quer me dar um conselho? então antes me aceite vital, fatal, plural, total: como todos esses todos descomunais normais, senhoras e senhores decentes. até que se prove ao contrário. até que os nove fora convença algum otário. me inclua entre os senis e os adolescentes, entre os males de parkinson e os dos tabacos e dos alcoóis de todas as águas ardentes, se quiser me dar um conselho.
mas sobretudo me deixe livre para interpretar os seus anseios. quando disser que me quer bem, eu posso entender: te desejo; se me disser que me quer, bem eu posso entender: te desejo. mesmo quando disser que me quer, bem, eu posso atender: eu te desejo.
às vezes é só uma questão de ponto, de ponto parágrafo, de ponto e vírgula, entre vogais e consoantes.
às vezes é só a vez e a posição da esquina onde o puto do meu amor faz a vida, entre os mortais seres delirantes.

marco/21.09.2009.

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